Os dias 15, 16, 17 e 18 de setembro serão marcados por um apagão nos serviços públicos estaduais. Durante o período, apenas os serviços de urgência e emergência funcionarão. Diante da paralisação, o Fórum das Entidades dos Servidores Públicos do Espírito Santo (Fespes) orienta à população capixaba para que evite utilizar os serviços públicos nesses dias.

 

Os dias 15, 16, 17 e 18 de setembro serão marcados por um apagão nos serviços públicos estaduais. Durante o período, apenas os serviços de urgência e emergência funcionarão. Diante da paralisação, o Fórum das Entidades dos Servidores Públicos do Espírito Santo (Fespes) orienta à população capixaba para que evite utilizar os serviços públicos nesses dias.

“É melhor ficar em casa”, alerta a campanha que chega às ruas esta semana. O alerta é devido a vários setores do funcionalismo público estarem mobilizados para participarem do apagão, incluindo os profissionais da segurança pública, servidores da saúde, do judiciário, das autarquias e demais secretarias.

O apagão é mais uma ação da campanha “Hartung, esse abraço eu não quero”, que faz uma alusão ao abraço espinhoso que o governador tem dado na população capixaba e no funcionalismo público, com cortes infundados em áreas essenciais, como saúde, educação e segurança, além de fugir do diálogo com os servidores. No dia 13 de agosto, mais de 40 mil servidores aderiram à paralisação geral de 24h.

Histórico

 O Comitê Gestor de Carreiras e Relações Sindicais (CGCARS) do governo respondeu oficialmente às reivindicações protocoladas há mais de um mês pelo Fórum das Entidades dos Servidores Públicos do ES (Fespes) as entidades representativas de servidores negando o atendimento aos pleitos.

Em contrapartida, os últimos balanços e relatórios de gestão publicados no Diário Oficial do Estado mostram que a arrecadação estadual apresentou um desempenho superior às estimativas, com previsão de chegar ao final do ano com uma arrecadação superior a R$ 18 bilhões, o que representa uma elevação de R$ 2 bilhões em relação ao previsto.

Mesmo assim, o Comitê Gestor, sem apresentar nenhum dado concreto, repetiu o discurso da crise e negou todos os pontos de pauta da categoria. A justificativa para não realizar a revisão geral e fixar a data base seria financeira. Já quanto à concessão do auxílio alimentação, o governo diz não ser possível pagar o benefício, pois o caso está judicializado, sendo que foi próprio governo quem levou a situação à esfera judicial, indo contra, inclusive, um parecer do conselho da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Quanto à mesa de negociação, o Comitê Gestor se auto-intitula como sendo essa instância, apesar de não seguir as determinações da Lei 46/94, que estabelece o regime jurídico único dos servidores públicos do Estado.